sábado, 26 de outubro de 2013

Distraídos venceremos

   Onde andava o julgamento quando esta prepotência precoce nos atingiu? Onde andava você quando eu estava a míngua minguando nossa vida. Seria este o fim?
   O fim de quê?
   O fim de uma relação instável que é relação por falta de um nome apropriado.
   Mal relacionado.
   O medo nos encarcera e nos esfrega a verdade nua da coisa não dita. Estava nua, mas você não viu.
   Despir as roupas e as máscaras, as mágoas esquecidas, as portas entreabertas que serão fechadas. Você é quem escolhe vir pra dentro ou partir.
   Silêncio na sua mente enquanto a minha ecoava desespero e, bem, os papéis se inverteram. Formalidade, falsidade, falta de idade, experiência, equivalência, dois pesos, duas medidas.
   Mentiras.
   Um milhão de amigos e nenhum deles fala a verdade, quatro pessoas e todas elas jogam e te diminuem a covarde, uma condição que nós aceitamos.
   É errado existir, entenda, para eles é errada a minha existência. Interesse, saliência, confiança, pobreza, sextas-feiras.
   Hoje não é um dia marcado, está marcado para ser mais um dia comum, enquanto você se esconde pra me ouvir, e finge que nada sabe, se esconde pra não ficar marcado na tua testa as minhas acusações, eu vou ali procurar abrigo em uma vida de verdade, longe das mentiras das suas amizades.
   E você fica aí, fingindo que vive, fingindo que não gosta, fingindo que convive, fingindo que não houve derrota.
   Fuja é do medo, não do meu olhar, é inocência demais mergulhar num rio e não se preocupar, eu sei.
   Mas já está na hora de você crescer, só os teus amigos estão rindo. O mundo não pára para te esperar.
   Só eu fiz isso.         

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